Foto: Miss Universo/Redes Sociais (Reprodução)
O corpo da gaúcha Ieda Maria Vargas, primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo, foi velado nesta terça-feira (23) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. A despedida reuniu familiares, amigos e admiradores no Salão Júlio de Castilhos ao longo da manhã e da tarde. Ieda morreu aos 80 anos, na segunda-feira (22), em Gramado, na Serra Gaúcha.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
O velório foi aberto ao público até o fim da tarde. Na sequência, ocorreu uma cerimônia reservada a familiares e pessoas próximas no Crematório Metropolitano, onde o corpo foi sepultado. Ieda estava internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Arcanjo São Miguel.
Despedida reuniu familiares e admiradores
Desde as primeiras horas da manhã, pessoas ligadas à família e ao convívio social de Ieda começaram a chegar ao Palácio Farroupilha para prestar as últimas homenagens. Ao longo do dia, admiradores também passaram pelo local para se despedir da miss que entrou para a história da beleza brasileira e gaúcha.
A cerimônia transcorreu de forma reservada e sem pronunciamentos públicos durante o velório aberto. O momento final foi restrito a familiares e convidados, conforme informado pela família.
Trajetória histórica nos concursos de beleza
Nascida em Porto Alegre, em 31 de dezembro de 1944, Ieda Maria Vargas conquistou projeção internacional ao vencer o Miss Universo em 1963, realizado em Miami Beach, nos Estados Unidos. Aos 18 anos, tornou-se a primeira brasileira a alcançar o título e um dos principais símbolos da beleza nacional no cenário mundial.
Antes da conquista, havia sido eleita Rainha das Piscinas do Rio Grande do Sul, em 1962, Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil. O reinado como Miss Universo se estendeu até 1º de agosto de 1964, quando passou a coroa para a sucessora, a grega Corinna Tsopei.
Afastamento da vida pública
Após o período como miss, Ieda viveu por um tempo em Miami. Em 1968, casou-se com José Carlos Athanázio, com quem teve dois filhos. Depois, retornou ao Rio Grande do Sul e passou a levar uma vida mais reservada, sem seguir carreira artística, participando apenas de eventos pontuais como convidada.
Viúva desde 2009, mudou-se para a Serra Gaúcha, onde passou a residir em Gramado. Aos 55 anos, sofreu um acidente vascular cerebral que comprometeu a memória e a fala, mas conseguiu se recuperar.
Reconhecimento histórico
Mesmo afastada da vida pública, Ieda seguiu sendo reconhecida como uma figura histórica do Estado. Ela foi eleita uma das “20 personalidades gaúchas que marcaram o século XX”, em votação popular promovida pela RBS, ao lado de nomes como Mario Quintana, Elis Regina, João Goulart, Getúlio Vargas, Lya Luft e Erico Verissimo.
Nota da família
Em nota oficial divulgada após a morte, a família agradeceu as manifestações de carinho e solidariedade recebidas e destacou o legado deixado por Ieda Maria Vargas. Os familiares informaram que os detalhes das despedidas seriam comunicados oportunamente, o que ocorreu ao longo desta terça.